Rebanhão | Turnê 2024
Rebanhão: Uma Nova Turnê que Celebra a História e a Inovação
Em 2024, o Rebanhão, um ícone da música cristã brasileira, embarca em uma jornada emocionante com sua nova turnê, reacendendo a conexão dos fãs e abrindo novos horizontes. Com o início marcante no Teatro Nova Iguaçu em 25 de janeiro, a turnê promete uma experiência inesquecível, revisitando clássicos amados como “Jesus é Amor”, “Baião”, “Palácios” e “Primeiro Amor”, e integrando-os harmoniosamente com sucessos mais recentes como “Ligado na Videira”.
A banda, composta por Pedro Braconnot, Carlinhos Felix, Paulinho Marotta, Pablo Chies e Bruno Martins, apresenta arranjos inovadores que mantêm a essência sonora que conquistou corações por décadas. Combinando a tradição com a modernidade, o Rebanhão utiliza tecnologia de ponta para criar uma atmosfera envolvente em seus shows.
Uma Jornada Musical que Moldou Gerações
Desde sua fundação por Janires M. Manso, o Rebanhão tem sido um marco na evolução da música evangélica no Brasil. O grupo gravou seu primeiro álbum em vinil em 1981, teve um hiato entre o ano 2004 e 2015 quando Pedro Braconnot foi morar nos estados Unidos onde serviu como pastor em uma igreja internacional e depois de sua volta ao Rio9 de Janeiro a banda se reuniu para gravar o DVD 35 Anos e continua crescendo em espírito e som até se tornar o fenômeno que é ainda hoje.
A turnê de 2024 é mais do que uma série de concertos; é uma celebração da trajetória do Rebanhão, uma homenagem à sua influência duradoura e um convite para todos se unirem em uma experiência musical que promete tocar a alma e elevar o espírito.
Rebanhão | História
O Rebanhão marcou a história da música cristã no Brasil. A banda representa a fase de modernização da música evangélica nos anos 80. O Rebanhão gravou seu primeiro disco de vinil em 1981. A Banda foi batizada por Janires M. Manso, seu fundador. Janires iniciou os trabalhos em São Paulo, em 1979, gravando uma lendária fita k7 com músicas inéditas e revolucionárias. Na época Jesiel, Jerubal, irmãos da Jerusa Liasch, Carrá faziam parte da formação. A igreja do Tio Cássio e Tia Arlete foram o embrião do Rebanhão. Depois, em 1981, Janires se mudou para o Rio de Janeiro e começou a ensaiar na Igreja Presbiteriana de Copacabana, onde iniciou a formação do LP Mais Doce que O Mel.
O Rebanhão marcou época na música cristã do Brasil assumindo uma atitude moderna e inovadora, rompendo com as “quatro paredes” das igrejas, a banda conseguiu atingir audiências ecléticas e divulgar de forma marcante a música cristã. Se apresentando em locais até então pouco convencionais para grupos de origem evangélica, como praças públicas, escolas, presídios e praias, o Rebanhão foi a primeira banda evangélica a lotar palcos profissionais como o famoso Canecão, no Rio de Janeiro. Foi também a primeira banda gospel a assinar contrato com gravadoras multinacionais como a Polygram e a Warner. Com um repertório diverso, marcado por ritmos jovens e linguagem contemporânea, a banda quebrou paradigmas e contribuiu para a formação de uma nova identidade na música evangélica brasileira.
A trajetória do Rebanhão é apontada como o marco inicial do movimento que deu origem à chamada música gospel brasileira. A banda é pioneira no rock cristão brasileiro: “o estilo ‘Rebanhão’ de ‘cantar para Deus’ fez história não só pelo sucesso e adesão dos jovens, o que já havia acontecido nos anos 70 com conjuntos musicais. Ele foi marcado pelo rompimento radical com o estilo tradicional musical evangélico. Radical aqui significa a adoção de ingredientes então considerados profanos para a musicalidade religiosa evangélica: linguagem, postura cênica, visual dos músicos, apresentação no estilo espetáculo (Rebanhão foi o primeiro grupo evangélico a se apresentar em casas de show, como o Canecão, no Rio de Janeiro)”, afirma a pesquisadora Magali do Nascimento Cunha. O destaque do Rebanhão no cenário da música cristã brasileira pode ser constatado também pela inserção do verbete “Rebanhão” no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, uma das principais obras de referência para os estudiosos da música no país.
Durante as décadas de 80 e 90, o Rebanhão se apresentou em todo o país, proporcionando uma experiência transformadora para milhares de cristãos que buscavam um novo caminho de vivência da fé. Embora tenha tido diferentes formações, a banda viveu um dos períodos mais produtivos e de maior reconhecimento público com a formação clássica, tendo à frente os músicos Carlinhos Félix, Pedro Braconnot e Paulo Marotta. Ao longo do tempo, cada um dos integrantes assumiu projetos pessoais que os afastaram da banda, e o Rebanhão encerrou as atividades no ano 2000, depois de ter se apresentado com diferentes formações.
O projeto “Rebanhão 35 Anos” é um revival histórico. O grupo foi responsável por uma verdadeira revolução musical na Igreja evangélica brasileira, levando a mensagem cristã para os ouvintes das novas gerações que se encontravam cada vez mais distantes dos púlpitos das igrejas. Lutando por esta causa, eles enfrentaram muitas críticas e a resistência de líderes que não aceitaram o novo estilo musical. Esta gravação dos 35 anos veio para marcar novamente outras gerações. É inevitável concluir que, sem a ousadia do Rebanhão, a música evangélica brasileira não teria alcançado o patamar que tem hoje.